sábado, 20 de agosto de 2011

Os medos de Passos Coelho


No «Público», São José Almeida volta ao comício do Pontal para lembrar como Passos Coelho se apresentou aí na pele de um primeiro-ministro preocupado, até assustado, com as consequências que admite poderem surgir das medidas que tem tomado e promete ir continuar a tomar.
É curioso como, passados dois meses sobre a tomada de posse do seu Governo, o actual primeiro-ministro está muito longe de conseguir o benefício da dúvida da generalidade das pessoas com quem diariamente contacto.
Podem calar o incómodo de nele ter votado, contribuindo activamente para a derrota de José Sócrates, mas não saem das suas bocas quaisquer justificações convincentes para o verdadeiro ataque desde então iniciado ao tipo de regime redistributivo até então suportado numa concepção democrático proveniente do 25 de Abril.
E começa a subir o clamor contra tantas más notícias dadas pelos ministros sem elas conseguirem fundamentar uma qualquer visão positiva de futuro.
O medo que Passos Coelho sente é o de uma reacção violenta e descontrolada à guerra social e económica que o próprio poder abriu contra as populações europeias para baixar o nível de riqueza que é redistribuída pelo Estado na Europa. Uma guerra que tem como objectivo a concentração da riqueza na elite, nos donos do poder económico e na aristocracia empresarial e política que os serve…

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