quarta-feira, 9 de maio de 2012

À falta de argumentos não tardará a estratégia do insulto!


A previsão vale o que vale, mas um ano atrás, quando o Partido Socialista liderado por José Sócrates foi derrotado nas urnas, disse para amigos e conhecidos o fadário seguinte: durante um ano, Passos & Cª iriam usar e abusar do argumento da pesada herança recebida.
Durante umas semanas ainda houve quem tivesse dúvidas já que o líder do PSD afiançara não recorrer a tal argumento quaisquer que fossem as circunstâncias. É claro que tão «nobres» intenções duraram apenas umas semanas até que o inefável Relvas e as bancadas par(a)lamentares dos partidos do Governo começaram a invocar Sócrates sempre que ficavam sem argumentos para justificarem o injustificável: a completa negação de tudo quanto haviam prometido aos portugueses e as terríveis decisões que sobre eles já estavam a repercutir as tenebrosas medidas de austeridade.
A apenas um  mês de se cumprir esse ano de recorrente utilização do alibi Sócrates, ele deixa de colar na mente dos desiludidos eleitores, que já estão exaustos de tão pobres argumentos.
A vitória de Hollande em França e a óbvia derrota da direita grega só contribuirá para atiçar os desorientados ânimos dos governantes e deputados do PSD e do CDS, incapazes de imaginarem qualquer via exequível para fazerem o país sair da crise. E  por isso desesperam em agarrar-se à esgotada estratégia de diabolização do último governo socialista, nem que para tal instrumentalizem, sem qualquer escrúpulo, instituições respeitáveis (o Automóvel Clube de Portugal) , ou recorrendo ao fácil insulto pessoal como hoje tanto se ouviu a propósito da entrevista concedida por Mário Soares ao jornal «i».
Em que diz o óbvio: num mundo, que tanto mudou no último ano, e até nesta semana, ficar agarrado ao memorando da troika é uma completa insensatez!




Sem comentários:

Enviar um comentário