segunda-feira, 1 de outubro de 2012

POLÍTICA: os analfabetos éticos


Na crónica de hoje no Diário de Notícias, o sempre interessante Viriato Soromenho Marques recordava um professor da Universidade de Chicago, Luigi Zingales, a propósito de obra recente de conteúdo bastante pertinente nos dias que correm e ainda com os ecos das palavras de António Borges: "Será que as Escolas de Negócios são incubadoras de Criminosos?"
E o que está em causa é como tantos se filiam no pensamento de Milton Friedman retendo apenas a primeira parte do seu lema - "a primeira e única responsabilidade da empresa é aumentar os seus lucros" - sem darem a mínima atenção ao que se segue: "na medida em que se respeitem as regras do jogo, de uma competição aberta, livre, sem engano nem fraude".
Houve de facto um tempo em que a economia seguia os padrões éticos de Adam Smith, que nunca deixava de subordinar a sua orientação para as pessoas a cujos interesses deveria servir.
Nos dias que correm, os gaspares, os moedas e seus pares a nível global são analfabetos éticos que têm semeado, com impunidade, a ruína pelo mundo. Do subprime ao escândalo da Libor. Ensinando uma opinião arrogante, disfarçada de ciência. Uma economia sem "coração", nem economia chega a ser. Já "chumbou" no exame da Vida.

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