quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

POLÍTICA: Correr com esta gente, já!


As novidades - invariavelmente más - sobre o comportamento deste governo são tão quotidianas e traduzem tão contínuo desaforo, que vale a pena comparar com quanto ocorria nos tempos do mal-afamado José Sócrates.
Aonde estão as turbas vociferantes, que então reclamavam por não haver uma escola ou uma maternidade em cada rua da mais recôndita aldeia? Aonde estão os professores, que então eram contra qualquer avaliação de desempenho e agora são convidados pelo seu representante nogueira a optarem por se curvarem às decisões do crato de serviço?
E aonde está toda essa gente que via corrupção mais do que certa em todas as inventonas propagandeadas por quantos bloguistas se viram entretanto promovidos a assessores dos vários ministros e agora encolhem os ombros perante as confirmadas ações de Relvas e Passos com as verbas europeias para formações inventadas à pressão?
E aonde estão os investigadores e os investidores em tecnologias avançadas - nomeadamente nas energias renováveis - que eram apoiados para levarem o país para um estado de excelência e agora se calam ou carregam as malas para outras paragens, porque se viram de súbito no que Alexandre O’Neill chamou de «país no diminutivo»?
Passaram-se dezassete meses, que transformaram completamente o país e os portugueses. Aonde está o grande clamor, que a situação justifica?
É que, embora já tenham ocorrido grandes manifestações públicas contra o governo, ainda nenhuma surtiu o único efeito justificado: correr a pontapé com esta gente e devolver à política a dignidade e o sentido de esperança, que lhe deve estar no adn…

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