terça-feira, 22 de janeiro de 2013

POLÍTICA: Notícias importantes em rodapé


É cada vez mais evidente a forma como as nossas televisões escamoteiam algumas notícias importantes para que se compreenda melhor o sentido das dinâmicas sociais deste tempo.
Dois exemplos: na semana passada ocorreu uma muito concorrida manifestação de ferroviários em Lisboa, com uma participação bem mais numerosa e ruidosa do que a das muito publicitadas promovidas pelos feirantes ou pelos cicloturistas. E, no entanto, quem a viu em reportagens televisivas?
Outro caso de evidente sonegação das notícias relevantes: este fim de semana o partido de Angela Merckel sofreu uma derrota significativa no Estado da Baixa Saxónia, aonde a coligação CDU/FDP irá agora dar lugar à que une o SPD e os Verdes.
E, no entanto, passando em zapping pelos quatro canais principais só vi referida tal informação em nota de rodapé! Porquê?
Confirma-se cada vez mais a convicção em como balsemão e pais do amaral dão as mãos à marionete de relvas na RTP e conjugam todos os esforços para fazerem crer que o país está abúlico, incapaz de reagir às diatribes do (des)governo e que a sua maior aliada anda a deslizar graciosamente por uma estrada de tijolos amarelos a caminho de mais uma vitória eleitoral.
Que isso é redondamente falso, encarregar-se-ão os portugueses e os alemães de demonstrar ao longo do ano.
Cá dentro já rufam os tambores das grandes manifestações marcadas para as próximas semanas e cujo clamor ninguém conseguirá abafar! E quem confia que Merckel anda de derrota em derrota a caminhar para a vitória final é bem capaz de se engasgar: é que a economia germânica está a começar a beber o veneno, que quis obrigar os outros a ingerir. E a vitória da oposição não se mostrará tão complicada quanto as atuais sondagens o pressupõem!!!
Esperemos, pois, que Pedro Adão e Silva veja subscrito pelos acontecimentos o vaticínio feito esta semana no «Expresso»: Talvez este ano e meio de Governo possa funcionar como uma espécie de vacina, curando o país de muitos dos males de que sempre padeceu.
Nomeadamente as ilusões, que muitos alimentaram a respeito da superioridade das receitas capitalistas em relação às que pressupõem uma maior redistribuição das riquezas produzidas pelo país!


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