terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

LITERATURA: Amos Oz e o conflito israelo-palestiniano



Amos Oz nasceu em Jerusalém em 1939 numa família de gente letrada e de professores, alguns dos quais militavam nas correntes sionistas de direita, que tinham emigrado para Israel nos anos 30, vindos da Rússia e da Polónia.
Em 1954, quando ainda só tem 15 anos, Amos Oz revolta-se contra a autoridade paterna e vai viver e trabalhar para o kibutz Houlda, onde conclui o ensino secundário. Depois de cumprir o serviço militar volta para os campos de algodão da cooperativa, mas começa a publicar os primeiros textos na influente revista Keshet. O que motiva a assembleia do Kibutz a enviá-lo para a Universidade Hebraica de Jerusalém para que aí estude filosofia e literatura. Licenciado, ele regressa a Houlda para combinar a escrita com os trabalhos agrícolas e o ensino.
Em 1967, enquanto reservista numa unidade de tanques, Amos Oz combate na frente do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias, repetindo a experiência seis anos depois nos montes Golã durante a Guerra do Kippur.
Começando a ser convidado para dar aulas em Oxford e nos EUA, Amos Oz toma a difícil decisão de deixar o kibutz em 1986, instalando-se em Arad, aonde o clima seco do deserto é particularmente indicado para a qualidade do seu filho asmático.
Doravante ele concilia a atividade de escritor e de professor com a de militante ativo nos movimentos pela paz, em defesa de um compromisso israelo-palestiniano baseado no mútuo reconhecimento de dois Estados soberanos.
Colocado perante a possibilidade de um único Estado laico aonde os dois povos coexistam pacificamente, ele descrê completamente da sua viabilidade.

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