quarta-feira, 1 de maio de 2013

POLÍTICA: Grande literatura para descrever tão desprezível criatura!


É sempre um prazer o encontro com a prosa de Baptista Bastos nos jornais, que ainda acedem a publicá-la. Porque se trata sempre de literatura com L grande mesmo quando os temas são tão desagradáveis como o do discurso de cavaco silva no 25 de abril. Algo cada vez mais raro na nossa imprensa escrita, aonde os ditames dos seus proprietários pouco têm a ver com os valores e o estilo do cronista.
No texto agora publicado no «Diário de Notícias», ele é sibilino em relação ao homem sem qualidades, que ainda temos de aturar em Belém: Ouvi e li o que disse o dr. Cavaco e não fiquei nem surpreendido nem chocado. É a criatura que há, o Presidente que se arranja, irremissível e sombrio. Medíocre, ressentido, mau-carácter, incapaz de compreender a natureza e a magnitude histórica da revolução. E sempre agiu e se comportou consoante a estreita concepção de mundo com que foi educado. A defesa da direita mais estratificada está-lhe no sangue e na alma, além de manter, redondo e inamovível, um verdete avassalador pela cultura. (…)
No núcleo estrutural deste homem emerge a complexidade indecisa de uma alma juvenil irresolvida - e, por isso mesmo, extremamente perigosa.

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