No volumoso cancioneiro das canções compostas para ilustrar e estimular as lutas dos povos pela sua libertação, existem as que decorreram da trágica experiência da Comuna de Paris quando se acreditou na possibilidade de precoces amanhãs que cantam e muitos dos seus sonhadores acabaram fuzilados.
«Le Tombeau des Fusillés» aproveita a música de uma canção banal («La chanson des peupliers» de Frédéric Doria) para ganhar nova versão com o poema de Jules Jouy destinado a homenagear os 147 fuzilados no cemitério do Père Lachaise a 28 de maio de 1871.
Nos seus versos finais a canção proclama:
Lobos da Semana sangrenta,
Fiquem a saber: o cordeiro tem memória.
Do povo, a justiça é leta,
É lenta, mas acaba por vir!
O filho imitará o pai;
A Vingança persegue-vos;
Temam quando virem sair da terra
Os mortos enterrados sem caixão!
E conclui:
O futuro cresce
No túmulo dos fuzilados!
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