Para pintar as paisagens do Midi, precisaria de uma paleta de diamantes e de pedras preciosas, escreveu Monet à sua esposa em 1883, quando viajava pela Côte d’Azur com Renoir.
Se, apesar de tudo, Monet conservar-se-á fiel a Giverny muitos dos seus camaradas optam pelo sul da França onde a luz vertical, sem sombras e as cores intensas constituem um desafio para as paletas.
Ao dealbar do novo século, com a extensão das linhas ferroviárias até Itália, o Midi torna-se no «grande atelier» com que Van Gogh sonhava em Arles. Signac instala-se em Saint-Tropez e traz consigo os amigos. Matisse fica em Nice. Maillol regressa a Banyuls, sua terra natal. Derain aposta em Collioure, e Braque instala-se em Estaque a exemplo de Cézanne, o mestre deles todos.
O excelente documentário de Florence Mauro alterna as soberbas paisagens da região com planos aproximados das telas, que as representam.
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