EXPOSIÇÃO: «Le Grand Atelier du Midi» , em Aix-en-Provence e em Marselha

A exposição «Le Grand Atelier du Midi», que está a decorrer entre 13 de junho e 13 de outubro no Museu Granet de Aix-en-Provence e no Museu das Belas Artes de Marselha, apresenta 200 obras-primas da história da arte entre 1880 e 1960.

Desde as primeiras viagens de Renoir e de Signac, o Midi, terra de trocas comerciais e culturais com as outras margens do Mediterrâneo, foi fonte inesgotável de inspiração para os pintores, que dele fizeram um enorme atelier ao ar livre.

A exposição segue o frio de Ariana de tais partilhas numa cronologia longa que se estende entre 1880 e 1960, ilustrando os diferentes movimentos artísticos , que se afirmaram no século XX, desde o impressionismo ao pós-impressionismo passando pelo fauvismo, pelo cubismo, pelas experiências dos surrealistas e pela abstração.

O polo da exposição situado no Museu Granet de Aix-en-Provence apresenta as obras que se subordinam ao título «De Cézanne a Matisse» e aborda sobretudo a questão da forma.

Os termos “forma” e “cor”, que parecem opostos, encontram-se intimamente misturados numa complementaridade revelada por Cézanne: quando a forma está explorada na sua riqueza, a cor é o na sua plenitude.

O Midi é também um espaço de férias para os artistas ligados ao movimento dada e ao surrealismo.

A exposição conclui-se com uma seção consagrada à emergência de uma nova expressão artística, que mistura formas distintas de abstração lírica ou geométrica: Miró, de Stael, Van Velde.

No total são mais de cem obras provenientes das grandes coleções de arte moderna do mundo inteiro, tanto úblicas como privadas.

No polo da exposição sediado em Marselha, no seu Museu das Belas artes, o tema é o da explosão e a arbitrariedade da cor desde o Van Gogh de Arles até aos fauves e a Bonnard. Evoca igualmente o território do imaginário, a busca de um sonho hedonista, a conquista de uma idade do ouro.

Nova Arcádia onde a Antiguidade pudesse ser revisitada, sob a forma de belas paisagens propicias à exaltação das mitologias com a intensidade da luz a favorecer as deambulações de faunos e de dríades.