quinta-feira, 1 de agosto de 2013

POLÍTICA: momentânea bonança anuncia violentas tempestades!

Em agosto muitos dos programas televisivos de comentário político foram de férias.
Foram os que mais nos interessam pela sua consistência e profundidade de argumentação (Sócrates, Louçã, Augusto Santos Silva, Quadratura do Círculo ou Eixo do Mal), elucidativos quanto ao carácter antidemocrático das políticas desta coligação. O que apazigua as atormentadas mentes de quem se tem visto atingido por críticas certeiras e para as quais faltam os argumentos em contrário. Mas até mesmo as férias dos comentadores alinhados com os partidos da coligação - que lhes poderiam ir aliviando as consciências com a ambiguidade de argumentos tendentes a dar uma no cravo e outra na ferradura (para iludirem os ingénuos quanto à sua suposta “objetividade”) - tenderão a dar essa falsa ideia de “normalização” dos detentores do poder e o progressivo esquecimento dos recentes arrufos entre portas e passos.
Entramos agora  na fase em que aquecem as temperaturas e os portugueses são convidados a esquecerem as inquietações na praia e nos tontos programas de entretenimento dos principais canais de televisão.
Mas inicia-se o mês já com a história do secretário de estado, que rivaliza com maria luís na condição de perito dos swaps! O que verdadeiramente ameaça desmentir as bonançosas semanas em que nos estava prometido o descanso quanto a mais cortes nas remunerações ou na ainda maior precarização do emprego. Ao mesmo tempo que, a acreditarmos na Marktest, e passada a baralhada de julho, os dois partidos da coligação continuam a valer menos do que o PS e a soma da CDU e do BE continua muito próxima dos 20%.
Estamos, pois, naquela fase da época dos furacões tropicais em que passado um Katrina, faz-se momentânea calmaria até se anunciar nova e violenta tempestade. Lá para altura das autárquicas e da apresentação do Orçamento para 2014, as altas pressões tenderão a soprar violentas rajadas de vento na direção de São Bento.
E a recauchutagem agora concretizada não terá dado grande resistência a um edifício governativo já a abrir fissuras por muitos dos seus elementos constitutivos!


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