sexta-feira, 15 de novembro de 2013

POLÍTICA: os custos do trabalho e a evolução da dívida

Na edição desta semana da «Quadratura do Círculo», António Costa foi particularmente certeiro quando, apesar de todo o foguetório lançado por portas e seus capangas a respeito do «milagre económico», citou fontes e mostrou gráficos, demonstrativos que :
· os custos do trabalho em Portugal desceram significativamente nestes dois anos, ficando muito mais baratos na Função Pública do que no setor privado;
· apesar dessa incontestável realidade não existe qualquer evidência de Portugal ter conhecido significativos ganhos em produtividade e competitividade em relação a outros países e até tem sido por eles ultrapassado nos rankings internacionais sobre tais indicadores;
· só o governo parece acreditar na estratégia de criar emprego através de salários baixos, já que, para além da oposição e do próprio cavaco silva, são os mais reputados economistas europeus e norte-americanos (aqueles que os nossos comentadores televisivos não leem!), a comprovarem, por números a leviandade dessa crença ideológica.
· desde a crise do Lehman Brothers a dívida privada em Portugal estacionou, enquanto a dívida pública tem subido continuamente, apesar do elevado custo da austeridade imposta à massacrada classe média;

Perante tais evidências o simpatizante das políticas do governo no programa só pôde retorguir com floreados sem conteúdo. Porque, sendo a realidade tão tenebrosa só resta a passos & Cª empenharem-se num esforço continuado de propaganda, para iludirem o facto de não terem outra ideia de governação, que não seja a da  completa submissão aos interesses estrangeiros para quem pretendem cumprir mais uma derradeira missão complementar não menos indigna: a de quererem obrigar o maior partido da Oposição a imitá-los em tal colaboracionismo antipatriótico!
O fogo-de-artifício dos últimos dias - em função de um pífio crescimento económico e de uma ilusória descida do número oficial de desempregados - não perdurará por muito tempo: mesmo que muito repetidas, as mentiras continuarão a ser mentiras!


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