sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SÉRIE TV: DCI BANKS

Um artista queimado vivo na sua barcaça, um polícia friamente asfixiado, um dealer abatido com uma bala na cabeça: os crimes sórdidos vão-se sucedendo na pequena cidade de Eastvale e o inspetor Banks tem muito trabalho a fazer. Apoiado por Annie Cabot o investigador persegue os autores destes crimes sangrentos, que ocorrem tendo por cenário as paisagens crepusculares do Yorkshire.
Com os seus móbiles demasiado óbvios à primeira vista, com as pistas falsas, os indícios enganadores e sobretudo com a intuição incomum do protagonista, a série adaptada a partir dos romances de Peter Robinson, inscreve-se na linha dos grandes clássicos do policial britânico. Mas, contrariamente a Hercule Poirot ou Sherlock Holmes, o inspetor Banks nem sempre demonstra a fluema característica dos personagens de Agatha Christie ou de Conan Doyle.
Banks é um herói obsessivamente abnegado, revoltado pela atrocidade dos crimes que investiga, fazendo de cada caso um assunto pessoal, o que o leva a enganar-se momentaneamente devido à empatia, que as vítimas lhe merecem.
Essa determinação suscita-lhe grande admiração nos demais membros da sua unidade mas ilude mal a morosidade do quotidiano do inspetor chefe.
Protagonizado por Stephen Tompkinson (que víramos num excelente papel de um dos mineiros da banda musical em «Brassed Off» de Mark Herman), o inspetor Banks estreou-se no canal britânico ITV em setembro de 2010 num episódio piloto. O sucesso suscitado nos 6,5 milhões de espectadores, que o viram, convenceu a estação televisiva a programar uma primeira temporada com três episódios adaptados de outros tantos romances de Peter Robinson.
Se essa adaptação televisiva nem sempre respeita as obras do romancista, respeita-lhe todos os ingredientes que a tinham consagrado: um assassino com método sempre diferente em cada episódio, cenários de crime com um realismo cru e a relação ambígua de Banks  com a sua adjunta, Annie Cabot.
O agrado conseguido junto dos espectadores foi suficiente para se terem concretizado duas outras temporadas, concluídas há precisamente um ano.
No episódio inaugural da 1ª temporada - «Não Brinquem com o Fogo» - tudo começa com o incêndio em duas barcaças atracadas num canal do Yorkshire.
No dia seguinte a polícia encontra os cadáveres calcinados de Leslie Whittaker, um livreiro que vivia recluso no seu barco, e de Christina Aspern, uma estudante de medicina com 19 anos.
No meio dos escombros os investigadores descobrem igualmente uma mala com 20 mil libras esterlinas e um quadro de Turner.
Para o inspetor Banks o crime não suscita qualquer dúvida. Mas qual das vítimas era a visada? Começando por orientar-se para um falsificador de arte, o investigador suspeita rapidamente do pai de Christina, cujo comportamento estranho levanta suspeitas. Mas, quando o incendiário volta a atuar, os indícios parecem corroborar cada uma dessas pistas.
No segundo episódio - «A amiga do Diabo» - a investigação  inicia-se com a descoberta do cadáver de uma paraplégica asfixiada na sua cadeira rolante, junto a uma falésia.
Não longe dali, na cidadezinha de Eastvale, uma rapariga é encontrada morta.
Encarregados de resolver os dois crimes sem laços aparentes, o inspetor Banks e a sua colega Annie Cabot descobrem que a vingança  ´r o móbil dos dois crimes, que os devolvem ao horror dos atos sádicos cometidos alguns anos antes por um casal  em adolescentes.
No terceiro episódio - «Frio como o túmulo» - temos Annie Cabot a investigar a morte de um jovem, que roubara um camião. Pelo seu lado, Banks recebe ordens do seu superior, o comandante Rydell, para lhe encontrar a filha, que fugira de casa. Tanto mais que descobrira, entretanto, fotografias dela num site pornográfico ligado a uma mafia de droga em Londres.
É em casa do chefe dessa rede criminosa, que Banks encontra a rapariga trazendo-a de volta a casa dos pais. Mas logo ela volta a desaparecer...



Sem comentários:

Enviar um comentário