sexta-feira, 6 de junho de 2014

POLÍTICA: a instrumentalização da Assembleia por um governo antidemocrático

Não é que precisássemos de novas provas para corroborar a ideia de uma dificuldade genética desta direita liderada por passos coelho e paulo portas em conviver com a Democracia, mas a presente guerra contra o Tribunal Constitucional demonstra-o  indubitavelmente. Mesmo tendo escolhido a maioria dos atuais titulares, a coligação PSD/CDS não se conforma com o facto de eles decidirem em seu desfavor, insistindo em defender o espírito e a letra do texto da nossa lei fundamental. E diz o inqualificável: que estes juízes não servem e devem ser substituídos por outros “mais qualificados”.
Dificilmente encontraremos nos últimos quarenta anos uma tão ostensiva intromissão do poder executivo no judicial, ademais complementado com a tentativa de a ela associar o poder legislativo através da maioria de direita na Assembleia da República.
Tivesse passos coelho a possibilidade de contar com a cumplicidade ativa dos militares e das polícias para instituir uma ditadura e decerto se comprazeria em imitar o ditador, que assombrou o país durante quase meio século.
Temos, pois, um tipo de governo que se uns juízes não servem, desrespeitam-se as suas decisões pedindo-se insólitas «aclarações». E, depois de duas derrotas eleitorais sucessivas - nas autárquicas e nas europeias - pouco faltará para que peça a substituição do povo. O que convirá reconhecer já até começou a antecipar  com a emigração forçada de alguns milhares de portugueses e a almejada imigração de uns quantos estrangeiros a troco de cartões dourados, porventura apadrinhados pelo inefável jacinto capelo do rego.



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