quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Urgente reequilibrar a relação de forças entre os vários poderes

Confesso que ontem de manhã ainda quis acreditar no Pai Natal, o que se traduziria pela ordem do Supremo Tribunal para que José Sócrates fosse libertado.
É certo que o advogado João Araújo desvalorizara o pedido de habeas corpus apresentado pelo jurista de Vila Nova de Gaia, mas poderia dar-se a hipótese de estarem no coletivo destacado para o apreciar, juízes sensatos e com o sentido de equidade, que carlos alexandre já demonstrara não ter.
Ao fim da manhã já a CMTV anunciava o veredito apesar dele só estar prometido para a parte da tarde, confirmando uma vez mais a cumplicidade promíscua entre alguns agentes da justiça e a tal imprensa tabloide, que lhe serve de arma contra os socialistas.
A aposta continua a ser a de humilhar José Sócrates por tanto tempo quanto possível. Poderão nunca vir a ter argumentos para o acusarem, mas enquanto fizerem perdurar o seu encarceramento em Évora, julgam consolidar no imaginário coletivo a ideia de que ele é culpado. Por muito inocente, que o tenham de vir a reconhecer!
É por isso que o próximo governo terá de ser suficientemente forte para conter esta apetência do poder judicial para fazer vingar um tipo de Estado onde a sua vontade se imponha sem freio.
O reequilíbrio entre os três poderes está a revelar-se cada vez mais urgente para que não se possa repetir o tipo de infâmia a que José Sócrates tem sido ignobilmente condenado. 

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