terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O salazarismo de cavaco

No «Expresso» de hoje, os jornalistas Ricardo Costa e Bernardo Ferrão confessam-se muito desiludidos por Mário Soares ter classificado cavaco silva de «salazarista convicto» no seu artigo de opinião no «DN».
«Factualmente errado», confessam!
Mas será mesmo assim?
Diz o nosso povo que quem cala, consente. Ora do jovem Aníbal não se conhece nenhuma ação de monta contra o regime antes do 25 de abril, apesar de, nessa época, vigorar nos dois campos uma divisão muito estratificada entre quem era do contra e quem era a favor do estado a que aquilo chegara. O facto de nunca se ter juntado a estes últimos fizeram dele um sicário passivo da União Nacional.
Ademais, cavaco sempre se tem assumido como devoto do catolicismo que, na oração da «Confissão» é explicita, quando diz: “Confesso a Deus Todo-Poderoso/ e a vós, irmãos/ que pequei muitas vezes/ por pensamentos, palavras,/ atos e omissões,/ por minha culpa, minha tão grande culpa.
É, pois, a própria Igreja Católica quem define que se peca tanto pelos atos como pelos pensamentos, palavras ou omissões. Mormente a omissão de defender os valores cristãos, que o fascismo espezinhava...
Quem duvida, pois, que na época salazarista-marcelista, cavaco se tenha acomodado bem à situação e nada tenha feito para a reverter?

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