sábado, 30 de maio de 2015

Grande é o afã de sabotar o caminho de quem em breve governará!

Não é que nos quatro anos de (des)governação, passos coelho tenha sido tíbio em demonstrar os tiques salazarentos, que lhe vão na alma. Tivesse ele os poderes do velho ditador de Santa Comba Dão e não veríamos comportamentos muito diferentes dos assumidos pelos comparsas da União nacional (muito embora ainda se estejam por apurar os verdadeiros e clandestinos contornos da situação de José Sócrates enquanto preso político ainda sem ilibação à vista das falsas acusações que lhe têm sido feitas!)
Mas se não se atreveu a mandar prender quem lhe denuncia as negociatas e as cumplicidades  elucidativas com  os diasloureiros bafejados por obscena fartura, não tem tido pejo algum em tudo decidir sem dar qualquer esclarecimento do seu fundamento aos portugueses, que se preparam para lhe acenar com a merecida saída de cena pela porta dos fundos.
A forma como decidiu reconduzir carlos costa no Banco de Portugal mostra bem o desprezo pelo que pensa a opinião pública para a qual aquele não se exime de ser um dos mais notórios responsáveis por tudo quanto de negativo aconteceu entretanto, quer no sistema bancário, quer na degenerescência económica do país.
Um mínimo de respeito pelo veredito já interiorizado pela generalidade da população quanto às culpas evidentes de carlos costa no caso BES, - conforme ficou demonstrado no relatório da respetiva comissão de inquérito parlamentar -, aconselharia a mudar de liderança na instituição da baixa pombalina.
Mas esse quero, posso e mando, também está presente na venda a pataco do que resta do setor público - TAP, CP Cargas, transportes públicos de Lisboa e Porto -, de forma a dificultar que os futuros governos pugnem por um Estado forte, que só com meios efetivos de intervenção na economia poderá melhorar a vida dos cidadãos.
A mais recente, e por certo, ainda não a derradeira manifestação desse autoritarismo esteve no envio para Bruxelas da posição portuguesa sobre a reforma da zona euro sem que, mais uma vez, tivesse havido debate público sobre a matéria ou a consulta ao que a tal respeito pensa o maior partido português de acordo com todas as sondagens conhecidas, mesmo as mais suspeitas.
Quase em vias de ter de fazer as malas para regressar definitivamente a Massamá, passos coelho está apostado em esgotar até ao último instante todas as possibilidades de condicionar o mais possível o trabalho de quem o irá suceder. Valerá o facto de António Costa já estar por demais habituado a receber heranças complicadas de tão armadilhadas. E de as saber reduzir a cinzas...

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