segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Quando o catavento mudasse de direção

Há dias um amigo de esquerda dizia-me não temer marcelo na presidência, porque o seu feitio nada teria a ver com o de cavaco, esse sim um perigo permanente para o governo de António Costa se ainda tivesse mais algum tempo de mandato.
A vaidade de marcelo tenderia a levá-lo a fazer quanto pudesse para ficar na História como um Presidente consensual entre o maior número possível de portugueses, execrando a sombra do antigo titular, cujos maus índices de popularidade não têm paralelo na História da nossa democracia.
No «Eixo do Mal»,  Daniel de Oliveira deixou, porém uma ressalva importante: marcelo não mexerá um único dedo para ajudar quem o apelidou de catavento, mas se se assistir ao epílogo deste hiato neoconservador e o PSD conseguir regenerar-se para disputar o centro com o Partido Socialista, que fará? Manterá a prometida isenção ou favorecerá a sua família política? Não sentirá a tentação de apoiar tudo quanto possa contribuir para uma viragem política à direita, que a torne mais apelativa ao seu eleitorado tradicional?
Se pretendermos consolidar o atual ciclo político, e todas as expetativas entretanto criadas, terá de haver um poderoso empenhamento na candidatura de Sampaio da Nóvoa, o único a identificar-se sem reservas com o processo, que conduziu António Costa à liderança política do país.

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