quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sim, agora negoceia-se!

A divergência entre o governo de António Costa e a Comissão Europeia está a ser noticiada com tal dramatização, que abrem espaço para as mais estapafúrdias teses sobre a sua razão de ser.
Bem pode António Costa recomendar serenidade, por tudo não passar de um processo negocial normal, mesmo que complexo e difícil, mas que estará concluído este fim-de-semana. Os comentadores da Impresa, da SIC e do Expresso, logo acompanhados pela maioria dos seus colegas de outros meios de comunicação social, vão repetindo os mesmos argumentos disparatados e sugerindo dificuldades crescidas no relacionamento do PS com os demais partidos do atual arco da governação.
Pessoalmente continuo totalmente confiante nas capacidades de negociador, já múltiplas vezes demonstradas por António Costa para obter o resultado desejado nas mais difíceis querelas. E assim se repetirá desta vez.
Os jornais e as televisões têm de olhar noutras direções para preencherem o vazio deixado nas suas colunas e alinhamentos ao deixar de haver matéria para suportar tal suspense. É que, nesta altura, nem a própria direita acredita seriamente na possibilidade de regresso ao «pote» com a brevidade por que ansiava…
Ainda assim os diversos episódios dos últimos dias comprovou a natureza antipatriótica da direita, que tudo tem feito para agudizar a crise, mesmo sabendo como seriam terríveis as consequências para a vida dos portugueses. Mas Passos & Cª já demonstraram a indiferença, que lhes merecem os compatriotas se puderem continuar a aumentar obscenamente os salários dos amigos no que resta do setor público ou a facilitar os negócios do amigo Relvas.
E o que melhor avulta de tudo isto é o prazer dado por um primeiro-ministro, que não se curva perante os ditames de Bruxelas a quem bate o pé e confronta com as suas contradições.

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