quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Uma burla por punir

Em Palmela o Arrábida Resort é um condomínio de luxo onde muitos chineses investiram meio milhão de euros em moradias para terem acesso aos almejados vistos gold. Descobriram, entretanto, e ainda antes de  assinarem as escrituras, que o verdadeiro valor de mercado dessas aquisições é duzentos mil euros. Houve, pois, quem se aproveitasse do seu desconhecimento do mercado para os induzir fraudulentamente numa compra ruinosa.
Naturalmente sentiram-se ludibriados por tal negócio, que ficam sem esperança de rentabilizar sem prejuízo num prazo muito dilatado.
Porque não estranhamos o facto de o promotor imobiliário ter, entretanto, aberto processo de insolvência?
O que está em causa, mais do que a imagem de Portugal como país onde se pode consumar uma burla de tais dimensões contra cidadãos estrangeiros, é alguém tê-la planeado com a cumplicidade ativa do governo de Passos Coelho e de Paulo Portas, responsável pela legislação de 2012 imprescindível para a levar por diante.
Havendo aqui contornos indubitavelmente criminais porque será que só Miguel Macedo está indiciado em toda  esta história? Não faltará aqui acrescentar quem teve responsabilidades políticas para garantir a exequibilidade de tal burla?

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