sexta-feira, 1 de abril de 2016

Marilú, Marilú...

Mal por mal ando a escolher os telejornais da RTP, quando por lá não anda o “orelhas”. Foi assim que, hoje, tive a oportunidade de ver o José Adelino Faria apertar com Maria Luís Albuquerque  a propósito da sua contratação pela Arrow.
Confirmei a opinião sobre o entrevistador, que sempre me pareceu razoavelmente isento, sem deixar de ser contundente nos pontos fracos do entrevistado, quando eles são notórios. O que sucedeu com a antiga ministra das Finanças, que não só voltou a demonstrar-se ativa consumidora de queijo por, invariavelmente, surgir o «não me lembro» como resposta, como não compreendeu a reconhecimento de incompetência revelado pelo seu confessado desconhecimento da existência de tal abutre financeiro antes de por ele ser contactada. Para quem se afirma, ao mesmo tempo, como uma especialista de mercados financeiros, percebe-se mal como nunca de tal empresa tivesse ouvido falar, sobretudo tendo em conta o seu papel na compra do crédito mal parado do Banif.
Uma vez mais Maria Luís foi esclarecedora quanto à sua falta de capacidade e, sobretudo, de ética para ter sido chamada a tão elevadas responsabilidades na condução do país.
Não tenho grandes dúvidas quanto ao que se seguirá no seu percurso na City: há uns anos o finado António Borges também surgiu na Goldman Sachs com grande pompa e circunstância (só cá, porque lá nunca passou do anonimato)  e bastou um par de anos para que a conhecida instituição bancária compreendesse a “qualidade” de quem contratara. O pior foi que, apesar desse fracasso, logo sucedido por outro no FMI em que se despediu lestamente para não repetir a vergonha de voltar a ser corrido,  esse guru de Passos Coelho tenha vindo  acolitá-lo na versão mais selvagem de capitalismo, que alguma vez sofreram os portugueses.
Depressa Maria Luís virá de rabinho entre as pernas para uma dessas universidades privadas onde se acoitam os que assim disfarçam o seu verdadeiro valor...

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