segunda-feira, 13 de junho de 2016

Por que el mundo sigue girando!

As eleições espanholas trarão mais um episódio da lenta decadência dos partidos socialistas e sociais-democratas europeus para manterem a sua influência política num quadro em que os eleitorados se radicalizaram. Incapaz de imitar António Costa na pretensão de liderar a esquerda do seu país, mesmo focalizando o essencial das suas críticas na direita, Pedro Sanchez arrisca-se a uma derrota, que tenderá a pasokizar o PSOE.
Se provas faltassem da estultícia em satisfazer um mirifico eleitorado centrista, que se tornou exíguo e irrelevante, o que vier a suceder no dia 26 de junho servirá de prova final. Como combater, então, Pablo Iglesias quando ele se assumir como novo líder dos novos socialistas espanhóis? É que, se ele representava um radicalismo apenas virado para a oposição ao poder, a sua reivindicação de liderar o novo governo, torná-lo-á num protagonista incontornável da política espanhola dos próximos anos. E a divisão do PSOE por baronatos chefiados por egos demasiado inchados, perspetivará o pior.
Se o PASOK já foi substituído pelo Syriza na liderança da esquerda helénica, a repetição desse fenómeno em Espanha prefigurará uma recomposição de todos quantos se reclamam do socialismo e da social-democracia na Europa. Fazendo sentido a desejável aglutinação das várias tendências da esquerda plural numa mesma força política apostada em marginalizar a direita para a irrelevância, que ela mereceria ocupar.



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