sexta-feira, 26 de maio de 2017

Centeno e os que querem sentar-se como seus «penduras»

1. Porque não podemos permitir que as direitas e os seus apoiantes em Belém, ou nos jornais e televisões, prossigam com a mistificação em torno de quem deve receber o reconhecimento pelo mérito que os sucessivos indicadores económicos, financeiros e sociais vão tendo semana a semana, importa manter a pressão desmistificadora sobre essa “narrativa”, que os suspeitos do costume andam a querer propagar.
Em definitivo o apreço tem de ser dado à atual maioria parlamentar que permitiu reverter a direção funesta para que nos empurrava Passos Coelho e os seus cúmplices.  A António Costa, cuja inteligência e sentido estratégico têm sido imprescindíveis para devolver esperança aos portugueses quanto à possibilidade de virem a viver dias bem melhores. E à equipa de Mário Centeno, que com uma superlativa competência vai tornando possível aquilo que os «especialistas» mediáticos davam como impossível. Agora até é bem possível, que consiga um crescimento do PIB acima dos 3%, calando de vez quem não a poupara nas críticas.
Quanto à tentativa de colagem de Passos & Cª faço minhas as palavras publicadas no blogue «Estátua de Sal», que coincidem totalmente com as que aqui tenho explicitado:
Eu não duvido que Passos, se não tivesse sido apeado da governação, também teria colocado o deficit abaixo dos 3%. O que tenho a certeza é que não o conseguiria subindo salários e pensões, e baixando impostos sobre os rendimentos do trabalho. Venderia mais umas coisas aos chineses, baixava os impostos sobre o capital, mandava os portugueses emagrecer mais uns furos, em suma, continuaria a política de devastação que prosseguiu nos seus quatro anos de mandato. E também tenho a certeza que não teríamos o crescimento económico que já hoje se verifica e as perspetivas de que ainda se vai acelerar no curto prazo.
2. Um amigo, marcelista convicto, costuma discordar da minha reiterada desconfiança em relação ao campeão das selfies, comentando que não perco uma oportunidade para nele zurzir.
Acabada a semana constata-se que Marcelo não corrigiu - nem o que lhe vai realmente na mente o permitiria - a indesculpável atribuição do merecimento da saída do Procedimento por Défice Excessivo a Passos Coelho, mas, sobretudo, se tivesse uma pinga de vergonha o presidente (com p pequeno) deveria pedir desculpa a Mário Centeno - nem que seja em privado! - por o ter achincalhado uns meses atrás a  propósito da novela dos sms. Na altura, e com a colaboração do seu conselheiro e substituto no comentário dominical na TVI andou a lançar combustível para a fogueira na esperança de ver chamuscado quem estava a resolver a crise no setor bancário, que as direitas tinham deixado à beira da rutura total. O calhandreiro-mor até empolou o quanto Marcelo estivera à beira de exigir de Costa a demissão do ministro, como se tivesse legitimidade constitucional para tal.
Nós que a tudo isso assistimos não esquecemos como de Belém se intrigou para enfraquecer o governo em claro prejuízo do interesse da maioria dos portugueses.

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