domingo, 9 de julho de 2017

As duvidosas reações de certos meios judiciais e castrenses contra o governo

1. A demissão de três secretários de Estado por causa das viagens ao Euro 2016 confirma o momento delicado por que passa o governo como se estivessem preparadas algumas ações para momento propício a causar-lhe danos maiores. O incêndio de Pedrógão Grande e o roubo de material militar em Tancos terão constituído oportunidades que os suspeitos do costume não descuraram. Sabemos bem como tem sido zarolho o Ministério Público, tão cioso de investigar umas quase inocentes idas ao futebol como indiferente a suspeitas bem mais gravosas como as dos submarinos ou as atividades desenvolvidas pelo sempre “impoluto” Dias Loureiro.
É lamentável que, de uma assentada, o governo perca três elementos tão importantes para a garantia da continuidade dos bons indicadores económicos para que tanto terão contribuído. Mas, ao contrário do que alguns andam a publicar nas redes sociais, não são insubstituíveis: os que António Costa não tardará a nomear serão tão fiáveis quanto os que agora solicitaram a exoneração para não prejudicarem o governo.
Uma vez mais regressa a esperança das direitas, que julgam precipitar a queda do governo se alguns ministros ou secretários de Estado caírem, no que andam bastante equivocados. No entanto, numa altura em que todas as classes judiciais se agitam contra o governo, movidas por interesses mais do que suspeitos, António Costa bem tem de arranjar maneira de desmantelar a suspeita de que, quem se mete com os juízes, «leva». Porque este suposto «Galpgate» fede a encomenda  por todos os lados por que se lhe pegue…
2. Voltando a desagradar aos meus amigos, que continuam a acreditar na bondade da ação política de Marcelo Rebelo de Sousa, semana após semana vão-se detetando sinais da esperança nele alimentada de, mais tarde  ou mais cedo, se livrar do governo, substituindo-o por outro do seu próprio partido, tão só Passos Coelho seja atirado para o merecido caixote do lixo da História.
Agora sabe-se que o general Antunes Calçada já teria a convicção  de nunca vir a ser designado para vice-chefe do Estado Maior do Exército, razão porque terá solicitado a passagem á reserva. Mas há também a considerar ser ele próximo de Marcelo que, em março de 2016, o nomeou para o Conselho Superior de Defesa. Nesse sentido terá sido o único militar nomeado por Marcelo neste ano e meio de presidência. Razão para nos questionarmos se, em conformidade com as tais ações preparadas para dificultar a vida ao governo, o terá movido apenas o ressabiamento de não ser promovido ao cargo desejado ou se terá concertado com  Belém esta sua decisão.
É que, por muito que os jornais e televisões empolem a demissão de dois generais, ainda restam 118 para assegurar a normalidade nas instituições militares.


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