sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ouvir dizer mal também cansa...

Enquanto a Natureza continua a revelar-se tormentosa para povos de todas as latitudes (desta vez foi o terramoto do Chile a captar as atenções anteriormente viradas para o do Haiti ou para os aluviões da Madeira) os órgãos de (des)informação nacionais vão de mão dada com a Oposição no prosseguimento da campanha de assassínio de carácter do primeiro-ministro.
Se ajuizarmos na sondagem hoje publicada no «Económico» o crime está a ser recompensado: num só mês a popularidade de José Sócrates decresceu dez pontos arrastando o partido para os 36%. Mas, mesmo com contínuas calúnias e insinuações, estão longe de alcançarem os seus objectivos: ao contrário de Guterres, que mostrou não ter a determinação necessária para enfrentar os golpes baixos dos adversários, o actual inquilino de São Bento já demonstrou uma fibra e uma determinação, que qualquer dos seus putativos adversários não tem.
O mais lamentável é estar tudo isto a acontecer numa altura de grande aperto económico em que as energias nacionais deveriam estar canalizadas para as melhores soluções passíveis de criação de mais emprego e de um crescimento mais sustentado.
Os jornais e as televisões, que rivalizam em títulos sensacionalistas destinados a desacreditar quem revela capacidade e visão para enfrentar os desafios do futuro, calam completamente a crítica óbvia a quem se mostra incapaz de sugerir uma ideia, por mínima que seja, capaz de contribuir para melhorar a acção governativa. O quarto poder está, nesta altura, a constituir um contra-poder de cariz terrorista, porque alicerçado em estratégia de terra queimada.
Esquecem-se, porém, de uma regra fundamental: o que constitui exagero também cansa e lá virá o momento em que serão os leitores e os espectadores a dar-lhes o troco com o seu desinteresse enquanto consumidores. Reflectindo esse enfado no volume de vendas ou de audiências de tais media.
E, depois, cumpra-se a regra conhecida de não haver nem boa, nem má publicidade. Nesta altura são eles quem asseguraram aquela que consolidará as vitórias futuras dos socialistas...

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