segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Expectativas exageradas...

A festa anual do PSD é bem reveladora da sensação de terra a fugir debaixo dos pés do seu novo líder. Se, durante umas semanas, Passos Coelho era o primeiro-ministro anunciado de um Governo, que não tardaria a substituir o actual  - e as sondagens pressupunham um fácil passeio até lá -  a explicitação das suas ideias estratégicas confrontou os eleitores com o que delas podem sofrer: menos despesas do Estado poderá pressupor menos escolas e centros de saúde do que os propostos pelo Governo até porque é intenção declarada deste partido o pôr um ponto final na gratuitidade de tais direitos.
Aperta-se, pois, o prazo para que Passos Coelho aproveite a oportunidade de captar os votos de quem está zangado com Sócrates e decidido a favorecer quem lhe seja contrário. O pior é que os eleitores despertam para a compreensão do que significa votar contra  em contraponto às razões para votar por. E aí arrisca-se a que, a exemplo do sucedido no consulado de Manuela Ferreira Leite, acabem por concluir o exagero de terem acreditado na morte política iminente do primeiro-ministro...

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