terça-feira, 20 de dezembro de 2011

UM LUGAR DE MISÉRIA E DE DESESPERANÇA

No passado sábado Nicolau Santos assinou uma excelente crónica no «Expresso» aonde as críticas ao actual primeiro-ministro são contundentes: Passos Coelho chegou ao poder e disse tudo o que estava mal. Não referiu uma única coisa, que estivesse bem. Aliás, Passos carrega sempre nas tintas. Se pensamos que 2012 vai ser um ano péssimo, ele acrescenta que será dramático. Se consideramos que as coisas estão más, ele acrescenta que vão ficar piores. Passos não motiva os cidadãos nem aumenta a sua confiança. Pelo contrário, acrescenta desalento ao desalento, desânimo ao desânimo, fraqueza à fraqueza e instila em todos nós um sentimento de culpabilidade pelo que nos está a acontecer.(…)
Que diferença em relação a José Sócrates, que alguns tendem a criticar pelo lado róseo com que via a realidade imediata, mas sempre assumir a intenção de puxar pelas energias mais positivas dos portugueses. Com Passos Coelho vemo-nos condenados a uma profunda depressão sem qualquer esperança de remissão.
Ademais, Passos dá sempre a impressão de estar mais do lado dos credores do que do nosso. Não se preocupa minimamente em transmitir otimismo e esperança, nem em mostrar a luz ao fundo do túnel.(…)
E é por isso que Passos corre dois enormes riscos. O primeiro é levar-nos a todos para um lugar de miséria e desesperança. O segundo é descobrir que está sozinho quando necessitar de tropas para a batalha.
Pela parte que me toca, ele que não se comprometa com mais ninguém...

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