quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

POLÍTICA: um caso agudo de autismo


Sem ofensa para os autistas, que não têm culpa nenhuma de os conotar com tal comparação, é num acentuado estado avançado de tal doença, que passoscoelho se revela.
Não seria grave se a explicitação dos notórios sintomas de que padece se limitasse à esfera mais próxima, pessoal e profissional. Um bom psiquiatra receitar-lhe-ia uns químicos milagrosos e conseguiria pô-lo a ostentar uma funcionalidade mais ou menos consistente nas áreas de empreendedorismo oportunista com que tem preenchido o seu elucidativo currículo.
O problema é que esse estado psiquiatricamente doentio repercute-se em consequências dramáticas para milhões de portugueses, a começar pelos que, em completo desespero, se suicidam, como parece ter sucedido com aquela jovem mãe, que ontem se atirou para baixo de um comboio em Alverca com a filha de 13 anos.
Se o estado psicótico de muitos governantes tem conduzido demasiados países a uma sucessão de tragédias, não temos necessidade de passar por uma nova demonstração de tal constatação histórica.
Sabe-se que um dos sintomas mais notórios de autismo tem a ver com a inabilidade para interagir socialmente. O que é um padrão em passoscoelho, tão incapaz em sequer imaginar  o que pensam os portugueses dele, como sobretudo de sequer acreditar que eles existam e não são meras virtualidades redutíveis às folhas de excel de vítorgaspar.
Segundo sintoma característico de um autista e bem detetável em passoscoelho: a dificuldade no domínio da linguagem para comunicar ou lidar com jogos simbólicos. O seu inglês (comprovou-se há dias numa conferência de imprensa na Turquia) é mais do que deplorável pelo que nem sequer terá conseguido tirar a cadeira de Inglês Técnico ao fim-de-semana. E os seus discursos em português são de uma tão confrangedora pobreza, quer de fundamentação de ideias (inexistentes para além das sopradas pela camarilha da troika), quer de eficácia retórica, que chega a sentir-se alguma comiseração com a sua incurável falta de jeito!
E, enfim, como terceiro sintoma esclarecedor do carácter demasiado avançado da referida perturbação mental o padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Para além da compulsão pela mentira, que o fez prometer paraísos artificiais em campanha eleitoral e o promoveu em prosélito dos diabólicos cenários em que envolveu os portugueses no último ano e meio, não consegue ir além de uma cartilha tão repetitiva, quanto esgotada.
Dizer no Conselho Nacional do PSD que o principal partido da oposição não terá mudado muito desde Sócrates é não compreender quanto se está a cumprir a máxima popular, que diz «depois de mim virá quem de mim bom fará!». E, de facto, cientes de nunca terem vivido acima das suas capacidades  - ao contrário do que mil vezes lhes quiseram fazer crer os arautos da austeridade custe o que custar - os portugueses sabem bem como os socialistas quiseram sempre apostar na sua qualificação a par dos investimentos na ciência e na inovação, que tinham por objetivo situar-nos entre os países mais avançados da União Europeia.
Não se reveem assim nas políticas deste governo, que vende as melhores, maiores e mais estratégicas empresas nacionais a interesses estrangeiros a preços de saldo e promete um futuro radioso em que o país se reduzirá à condição de exportador de produtos de escasso valor acrescentado manufacturados por gente iletrada e mal remunerada.
Se não fossem trágicas as consequências de tal desastre politico até poderíamos sentir alguma pena pelo autismo de passoscoelho. Assim só podemos pedir para que o encerrem urgentemente num manicómio aonde deixe de fazer tanto mal a quem diariamente acorda numa conjuntura em que é licito perguntar se a maluquice anda tão desaustinadamente à solta...





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