terça-feira, 16 de abril de 2013

POLÍTICA: a diferença que vai da quantidade à qualidade das audiências


No blogue Aspirina B aborda-se a candente questão - pelo menos para os apreciadores do jornalismo de sarjeta do «Correio da Manhã»! - das audiências de José Sócrates em comparação com as de marcelo rebelo de sousa:
“(…) os adversários de Sócrates, agarram-se desesperadamente a uma suposta queda de audiências. E têm tudo contadinho, até aqueles que, como eu, aproveitam a tecnologia disponível e veem o programa umas horas depois de ter ido para o ar. Estão histéricos e deliram com o facto de Marcelo continuar a ter não sei quantos milhões a ouvi-lo, o que, aliás, não admira pois a coscuvilhice sempre teve muita audiência. Anseiam pelo domingo à noite em que não reste uma alma ligada à RTP. E podem continuar a rezar, mas mesmo que o deus das audiências lhes faça a vontade, aposto que continuam a não conseguir atacar o que interessa.
Temos então a direita encantada com o facto de o professor ter o dobro da audiência da do antigo primeiro-ministro socialista.
Convenhamos que surpreende pouco esse deslumbramento, porque se formos à qualidade do conteúdo existe uma diferença abissal: enquanto na TVI se faz da política um terreno de palpites e de mexeriquice, na RTP temo-la tratada com a elevação devida ao que é essencial à vida de todos nós, fruto de uma reflexão aprofundada e com substância.
Não nos iludamos facilmente com as primeiras impressões suscitadas pela realidade desses números. Sabemos perfeitamente que os indicadores quantitativos raramente valem sobretudo pela possibilidade de melhor se interpretarem os de cariz qualitativo: há os que gostam do que não lhes dá grandes desafios à mente e os que preferem ser desafiados nas suas reflexões e conclusões. Infelizmente os primeiros são em número bastante superior, como se comprova com as audiências dos dois programas. Mas, verdadeiramente quem faz a diferença, quem transforma a realidade são os segundos…

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