sábado, 11 de maio de 2013

POLÍTICA: Quando paulo portas quer imitar nigel farage


É muito provável que paulo portas tenha tido presente o recente sucesso de nigel farage nas recentes eleições locais, em que o líder do UKIP ameaçou a posição dominante dos Conservadores de david cameron na direita britânica. E que queira utilizar muitos dos seus métodos discursivos para alcançar o sonho de há muitos anos a esta parte: ascender à condição de guia ideológico da direita nacional.
Até agora as contas têm-lhe saído completamente furadas e os riscos de ver o PP regressar à condição de partido do táxi cada vez mais consistentes. Mas nada como corresponder àquilo que António Costa referiu como sua característica principal ao lembrar a canção do Sérgio Godinho «Pode alguém ser quem não é?». E demonstra-lo à saciedade no seu muito comentado discurso à plebe no domingo transato.
Movendo-se na lógica do mais filistino oportunismo político em que fingiu dizer uma coisa e o seu contrário, paulo portas anseia pelo tremendo sucesso do seu homólogo inglês, que apesar de ser profundamente racista e de considerar durão barroso um perigoso comunista, conseguiu que, há uns meses atrás, muitos simpatizantes do PCP e do Bloco andassem a disseminar pela net uma intervenção deste demagogo no Parlamento Europeu, como se ela constituísse a quinta essência do politicamente correto.
Para bem dos portugueses, que tanto tem contribuído para infernizar a vida, será bom que paulo portas venha a ter a devida «recompensa» nas próximas eleições...

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