quarta-feira, 24 de julho de 2013

POLÍTICA: mudam alguns rostos, permanecem os vícios

Ainda o governo recauchutado não tomara posse e já novos casos embaraçaram uma Direita, que perdeu qualquer escrúpulo quanto às formas de se manter no poder. Aquilo que era uma ética republicana, vagamente copiada de outros países mais avançados, em como a denúncia de um escândalo devidamente fundamentado implicava a demissão do visado, deixou de ter qualquer tipo de seguimento. Senão vejamos: as ligações mais que confirmadas de rui machete com a SLN, tornando-o cúmplice dos crimes aí cometidos, poderiam habilitá-lo a concorrer com vale e azevedo ao cargo de sacristão numa capela da Carregueira, mas não decerto para representar o país enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros.
Quão distantes estão os tempos em que, por causa da queda da ponte de Entre-os-Rios, Jorge Coelho se demitiu, seguindo o exemplo de António Vitorino, quando se pusera em causa o seu cumprimento dos deveres fiscais.
Mas não são apenas as ligações mais que comprometedoras com criminosos de colarinho branco, que desqualifica esta equipa governamental.
Crime é o que legalmente praticou maria luís albuquerque ao ter mentido na comissão parlamentar, que cuida dos swaps. Agora que o Bloco de Esquerda pretendia chamá-la a prestar novas declarações para explicar o seu alegado desconhecimento do que Teixeira dos Santos, vítor gaspar ou Costa Pina afiançaram conhecer de ginjeira, a maioria impediu essa audição na esperança de, por fadiga, o assunto cair no limbo dos assuntos esquecidos.
A concluir temos a substituição de jorge moreira da silva por marco antónio costa enquanto número dois do PSD. É que, se ambos foram, segundo «Resgatados» de David Dinis,  dos que mais pressionaram passos coelho no assalto ao pote, quando Sócrates tudo fazia para evitar a vinda da troika, o substituto ainda consegue ser mais politiqueiro do que o novo ministro do Ambiente e Energia em tudo quanto tem adornado o seu currículo.


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