quarta-feira, 7 de agosto de 2013

POLÍTICA: a mentira como sintoma de uma cultura fascista

Há uns dias atrás umas almas particularmente sensíveis insurgiram-se contra o jornalista Óscar Mascarenhas por tratar pedro lomba e miguel poiares maduro como aldrabões e fascistas.
Não é que essas escandalizadas criaturas tenham contestado a substância do longo texto do provedor do “Diário Notícias”, que justificava a razão de ser de tal acusação mas se provas maiores eram necessárias para comprovar essa denúncia toda a sucessão de mentiras da titular do ministério das Finanças fala por si. É que, muito provavelmente, será necessário regressar às entrevistas de oliveira salazar a antónio ferro em 1932 para encontrar tanta desfaçatez a justificar o injustificável.
Quando, na altura, o ditador explicava a razão de ser da aplicação da tortura aos prisioneiros políticos apresentando-os a todos como perigosos bombistas capazes de porem em risco a vida de mulheres e crianças, revelava a mesma falta de escrúpulos para compor uma narrativa da realidade à luz do cenário pretendido.
Em política a mentira é fascista, é antidemocrática. Por isso mesmo uma ministra ou um secretário de estado, que mentem perante os deputados eleitos pelo povo não podem continuar em funções por abjurarem a Constituição, que prometeram respeitar.
Nessa perspetiva não se podem aceitar os repúdios de quem tentou vilipendiar o respeitado jornalista objeto de tantos insultos nas redes sociais nos últimos dias. É que, por muito que custe a muitos democratas “laranjas”, o seu partido está a comportar-se criminalmente em relação aos princípios do regime em que governa.


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