quarta-feira, 2 de outubro de 2013

POLÍTICA: cortam-se cabeças, mas a “festa” do césar das neves está aí a chegar

Passaram dois dias sobre as autárquicas e o PSD anda reunido a discutir que cabeças cortar por causa da sua indisfarçável derrota. Mantendo a cabeça na areia para não ver os efeitos que a pretérita e a iminente futura austeridade irá causar - quando já se conseguem divisar as eleições europeias a baterem à porta! - vê-se  condenado a assinar o segundo resgate com o seu irrevogável parceiro de coligação. Porque os números do INE indiciam-no: chegaremos ao final do ano com uma dívida a rondar os 128% e com um défice da contabilidade nacional a dificilmente cumprir a meta flexibilizada pela troika. E também, porque perante as permanentes chantagens dos credores, optou pelo perfil baixo de quem tudo acata e nada discute!
Daí as palavras seráficas de poiares maduro a convidar o Partido Socialista a juntar-se à “festa”, que a troika, ou o duo Comissão Europeia e BCE, se preparam para organizar. A tal panaceia com que o césar das neves já sonha todas as noites, a imaginar enfim possível a imposição de uma nova Constituição tal qual a gizada por paulo teixeira pinto há quase três anos!
Não faltará então quem pressione António José Seguro a pôr fato e gravata para entrar nessa farsa. A começar no inquilino do Palácio de Belém e a terminar na panóplia de comentadores televisivos, que não deixarão de acusar o secretário-geral socialista de desprezo pelos “superiores interesses da Nação” para defender os do seu partido.
E será esse o momento em que Seguro será confrontado com o momento mais decisivo da sua carreira política: ou sairá da História pela porta pequena dos dirigentes transitórios, incapazes de grandeza, quando ela lhe é exigida, ou desmentirá todos (incluindo a minha pessoa!) quantos pensam, que lhe falta fibra para ser um verdadeiro líder, e joga forte com a cartada que Papandreou tentou e de que saiu chamuscado: ameaçar com a saída do euro!
Porque merckel, draghi e Cª temem que a coragem de um pequeno país deite abaixo o periclitante castelo de cartas em que se sustentam! E ainda estamos para ver como reagirão se essa eventualidade se vier, de facto, a verificar...


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