segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

POLÍTICA: E agora pedro, que irás dizer com a refinaria parada?

Adivinham-se dias difíceis para o governo de passos coelho com a iminente paragem da refinaria de Sines para manutenção. Ela que tanto tem contribuído para a mistificação de uma economia em “milagre económico” graças ao dinamismo das exportações, irá travar esse pretenso crescimento que, vistas bem as coisas - mediante o saldo do combustível que importamos e o exportado - não tem sido senão uma falácia.
Mas será necessário utilizar dotes de adivinho para prever que, tal como tem sido quase silenciado até aqui, o papel da refinaria passará a ser repetidamente utilizado pelo (ainda) primeiro-ministro para justificar o malogro da suposta tendência de crescimento do volume das exportações?
Por muito que o Instituto Nacional de Estatística faça os possíveis por embelezar os números - de forma tão despudorada, que os passíveis de serem utilizados pelo governo a seu favor aparecem invariavelmente nas manhãs dos debates quinzenais na Assembleia - a realidade não se compadece com a vontade de passos coelho em travesti-la de forma a continuar a servir-lhe de ferramenta para a imposição da sua agenda ideológica.
Ainda assim, há que reconhecer o quão hábil tem sido a gestão dos media pelo governo, tratando de silenciar o mais rapidamente que pode todas as notícias capazes de desmentirem os sucessos da sua atuação.
Na semana passada soube-se que a urgência em minorar o défice de 2013 custou aos cofres públicos quase meio milhão de euros de juros de mora, compensatórios e de custos administrativos relacionados com os 1277 milhões conseguidos pelo perdão fiscal.
Significa isto que um em cada 3,5 euros recolhidos de quantos tinham obrigações fiscais por cumprir, foram perdoados aos devedores numa perda total superior ao que o governo se prepara para cobrar aos pensionistas.
Se isto não é o comprovativo de uma política sistemática de benefício dos suspeitos do costume em desfavor da generalidade dos contribuintes menos abonados, pode-se pensar o que mais será preciso?
Mas, para além do discurso de Eduardo Cabrita na Assembleia, que jornais ou televisões deram o devido ênfase a essa lamentável constatação?




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