sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Bem prega frei tomás!

Qualquer pessoa que ponha em causa uma instituição deve imediatamente apresentar o seu pedido de demissão ou de suspensão de funções”. A frase foi proferida por paula teixeira da cruz a propósito dos altos funcionários do Estado declarados como arguidos no culminar da investigação de corrupção com a atribuição dos vistos gold.
Poderíamos subscrever sem pestanejar a frase da ministra, pensando até no tipo de postura em tempos assumida por ministros socialistas quando, em condições muito diferentes, se demitiram dos seus cargos governamentais. Basta lembrarmo-nos de Jorge Coelho, de António Vitorino ou de Manuel Pinho. Nenhum deles cometera qualquer ação suscetível de qualquer indício criminal e, no entanto, perante o aproveitamento então feito pela oposição a seu respeito, não tiveram qualquer dúvida em libertarem os respetivos governos de qualquer risco de contaminação.
Infelizmente paula teixeira da cruz não possui essa mesma noção de ética política. Estando convicta de ter chegado ao topo do que a sua ambição política a poderia ter conduzido tentará adiar tanto quanto possível a inevitável queda abrupta no merecido anonimato.
A um ritmo diário somam-se demonstrações da sua total incompetência para o exercício de funções públicas: já não bastava ter lançado calúnias infundadas aos dois informáticos, que acusou de sabotagem do programa Citius, ou de ter suscitado linchamentos públicos de supostos pedófilos, não se eximiu agora de condenar imediatamente aqueles que o seu próprio governo tinha como diligentes e íntimos colaboradores, dando-os já como culpados, sem lhes dar o benefício da presunção de inocência.
A ainda ministra da justiça é daquelas figuras sinistras com quem nunca se desejaria partilhar um naufrágio: tão só alcandorada ao salva-vidas seria a primeira a dar com um remo na cabeça dos infelizes, que quisessem a ele aceder, só para não ter de partilhar a ração de água e de mantimentos ali existente!
Nas suas palavras confirma-se aquela reconhecida tese em como não há pior moralista do que aquele que se multiplica em fanáticas exortações.

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