segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Quem tirou as castanhas antes de se queimar?

É mais do que uma mera suspeita o facto de todo o processo decidido entre o Banco de Portugal, o governo e a CMVM para a resolução da bancarrota do Banco Espírito Santo ter decorrido durante um intervalo de tempo suficiente para que uns quantos lucrassem, ou pelo menos não perdessem com a resolução tomada naquele memorável fim-de-semana.
Nessa altura ter ou não informação, mesmo que ilegal, de dentro das instituições que preparavam a solução então tomada, revelou-se determinante para que alguns tenham conseguido livrar-se dos seus depósitos, ações ou obrigações.
Agora o grupo parlamentar socialista, através do deputado Pedro Nuno Santos, decidiu requerer ao Banco de Portugal o “volume transacionado em ações do BES, entre 28 de Julho e 1 de Agosto de 2014”, e que essa informação venha pormenorizada, ou seja, que também seja identificado quem o fez.
O requerimento pede a “percentagem de clientes institucionais e percentagem de clientes não institucionais” envolvidos nessas transações e com a indicação precisa “por dia” e “por hora”.
Por muito que fernando negrão se vá tentar opor à eficácia da comissão parlamentar, que irá proximamente presidir, os socialistas preparam-se para causar sérias dores de cabeça a quem tratou de avisar atempadamente os amigos antes de anunciarem o que terão entretanto decidido. 

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