sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Toda a gente diz que com estas políticas não vamos lá!

A informação apareceu nas televisões e nos jornais, mas só não a adivinhava quem não queria ter olhos para ver: os números corrigidos pelo Banco de Portugal revelaram a perda de um total de 121,2 mil postos de trabalho no conjunto da economia no terceiro trimestre deste ano. Se até a própria troika já tinha revelado pouca crença nos malabarismos numéricos do INE só se compreendia o bombardeamento diário de comentários e de habilidosa inserção da mistificação do «aumento do emprego» nos media como o “jeitinho”, que assumidamente vão querendo fazer aos senhores do governo.
Não fossem os estágios miseravelmente pagos através do IEFP - na maioria dos casos para substituição de quem deveria ocupar essas funções como num emprego normal -, e o panorama do crescimento do desemprego teria sido ainda pior.
É verdade que passos coelho, pires de lima ou mota soares bem continuarão a esganiçar-se para nos quererem convencer de melhoria significativa no comportamento do emprego em Portugal, mas os números demonstram bem como a situação vai evoluindo de mal para pior. E, segundo as organizações internacionais, sem expectativas para infletirem enquanto prosseguirem as atuais políticas...
Uma dessas organizações, a OCDE também veio confirmar outra das certezas, que já tínhamos: de entre os seus 34 membros, Portugal foi aquele onde se verificou a maior subida da carga fiscal, que passou a representar 33,4% do produto interno bruto (PIB) do país.
Mas num dia em que estiveram em evidência diversos estudos sobre o comportamento da economia portuguesa, também importa olhar para o do Observatório de Economia e Gestão de Fraude da Faculdade de Economia do Porto, que demonstra um crescimento contínuo da “economia paralela” que, em 2013, terá subido de 26,74% do PIB para 26,81%, um lamentável record histórico.
O estudo aponta como causas para o agravamento dessa economia paralela os aumentos da carga fiscal e da taxa de desemprego bem como o insucesso no combate à grande evasão fiscal. Ou seja, também nesta matéria se justifica a mesma conclusão: a urgência de se mudarem as políticas para que os péssimos indicadores comecem, enfim, a infletir!


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