segunda-feira, 29 de junho de 2015

Juízes, magistrados e o estado da (in)Justiça

O caos no setor da Justiça tem sido o que se sabe, desde a reforma do mapa judiciário, que afastou geograficamente milhares de cidadãos de tribunais onde possam ver satisfeitos os seus direitos, até ao Citius, que foi a machadada definitiva numa área do Estado onde já estavam em roda livre os interesses corporativos de juízes e magistrados, que bem gostariam ser melhor remunerados e terem maior liberdade para agirem a seu bel prazer.
Que tenham visto defraudadas as suas expectativas por um governo, que tudo fizeram por apoiar através de acusações absurdas e penas escandalosas a alguns ex-ministros socialistas - depois utilizadas como ferramenta propagandística na luta política! -, abre o apetite para ver o que se seguirá: anunciada a rutura com a direita no poder, na pessoa de paula teixeira da cruz, será que será iniciada agora a caça aos iminentes ex-ministros laranjas?
O que parece adiada é a incapacidade em sobreporem-se aos poderes executivo e legislativo e passarem a mandar no país.
Para já, com José Sócrates ainda está tudo na mesma: escolhido como alvo emblemático da ira corporativa - ou não tivesse sido quem possibilitou tirar aos juízes algumas das suas mais excêntricas regalias - continua a ver violados todos os seus direitos.
Na semana passada os seus advogados invocaram o ter sido excedido o prazo de 18 meses para concluir o inquérito  - duração máxima prevista pelo Código do Processo Penal no início de 2015 - para pedirem a mais do que justificada libertação do ex-primeiro-ministro, já que a investigação foi iniciada a 19 de julho de 2013.
Mas joana marques vidal fez, uma vez mais, orelhas moucas à legalidade, avalizando a vigarice empreendida por rosário teixeira, quando pediu às autoridades suíças para atrasarem o envio da documentação pedida por ele em carta rogatória e que ficou meses no congelador de Genebra de forma a poder justificar o alargamento do tal prazo de investigação por esse período ter, a seu ver, parado a contagem do tempo.
Apesar de se dizer respeitador da separação entre poderes, António Costa, enquanto próximo primeiro-ministro, muito terá a legislar para que se corrijam os alibis com que os carlosalexandres justificam as suas perversas habilidades. E que potenciam graves erros de Justiça! 

Sem comentários:

Enviar um comentário