segunda-feira, 22 de junho de 2015

Não é defeito, é feitio!

Este fim-de-semana, na Convenção Regional do PS em Portimão, António Costa insurgiu-se contra a forma como passos coelho mostra “total indiferença e desfaçatez sobre a vida das pessoas que sofrem, e sobre as quais fala”.
Continua a ser um mistério perceber o que ainda falta para que o ainda primeiro-ministro seja brindado com manifestações de repúdio em que seja a palavra «mentiroso» a que melhor se adequa à sua personalidade.
Aqueles que promoveram movimentos de professores e de outros setores facilmente mobilizáveis pela sua propaganda para, nos tempos do governo anterior, utilizarem abundantemente esse desqualificativo, mostram-se agora bastante moderados na forma como prosseguem a sua atividade protestatória.
E, no entanto, ao longo destes quatro anos, passos coelho tem sido fértil em mentiras, sobretudo quando sente aproximarem-se as datas de consulta às urnas. Não admira que lhe tenha dado novamente uma aguda e intensa propensão para aquilo que já não é defeito, mas óbvio feitio.
Perante o autêntico insulto à inteligência de quem o ouviu na Assembleia da República, passos coelho asseverou nada ter implementado que prejudicasse os mais desfavorecidos. Para lhe “clarear a memória” lembrou António Costa: “O rendimento social de inserção [RSI] foi cortado em 44% às crianças. (…) Uma pessoa recebia no máximo 189,5 euros de RSI. Qualquer outro adulto da família recebia até 70% disso e cada criança até 50%. Em 2012, o Governo reduziu o valor máximo para 178,15 euros. Qualquer outro adulto da família passou a receber até 50% disso e cada criança até 30%.”
E o que dizer das 170 mil pessoas que perderam esse RSI? De um dia para o outro terão passado a viver tão bem, que deixaram de dele necessitar? Só passos coelho acreditaria na possibilidade de nos fazer crer em tal “milagre”.
Noutra patranha que tem utilizado regularmente, passos coelho nega ter mandado os jovens para a emigração e até se gabou de irlandeses e espanhóis terem optado muito mais por essa aparente solução.
António Costa tratou de lhe fazer o desenho, que o desmascara: “A emigração na Irlanda aumentou 7%, na Espanha 32% e em Portugal 126% (…) Mas que contas são essas, senhor-primeiro-ministro?”,
Perante a velha estratégia de repetir uma mentira mil vezes para que alguns ingénuos nela acreditem, importa denunciar sem tréguas o desvario sem escrúpulos da coligação da direita desiludindo-a da alucinação de evitar a tremenda derrota, que merece!

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