sábado, 29 de agosto de 2015

Se tivéssemos a falta de honestidade intelectual de paulo rangel

Se tivéssemos uma falta de honestidade intelectual quase tão grande como a revelada por paulo rangel na sua “aula” em Castelo de Vide poderíamos sempre pensar que é precisamente por o psd e o cds estarem no governo que passos coelho não foi investigado sobre a Tecnoforma, paulo portas sobre os submarinos ou marco antónio costa pelas estranhas negociatas de quando era o homem de mão de menezes na Câmara de Gaia.
Até poderíamos estranhar, porque há tanta gente ligada aos partidos da coligação, sem terem sido incomodados pela justiça - como é exemplo flagrante dias loureiro - ou os que vão esperando em casa pela prescrição das suspeições, que nunca foram esclarecidas até ao fim, mormente o núcleo de amigos de cavaco no antigo BPN.
A concluir este mandato da direita no poder até poderíamos considerar mais do que uma coincidência alguns dos negócios relacionados com as privatizações que, segundo a nossa má-fé rangeliana, tiveram contornos merecedores de aprofundada investigação.
Mas, se conseguíssemos até rivalizar em falta de honestidade intelectual com o deputado europeu do psd até poderíamos aventar a possibilidade de José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues ou Armando Vara terem sido sujeitos a investigação e, nalguns casos, a condenações porque, nestes quatro anos os juízes foram das poucas classes profissionais a conseguirem 9% de aumento de remunerações, cabendo-lhes um aumento médio de 431,7 euros por mês.
No fundo o que a intervenção de rangel veio demonstrar é que José Sócrates tem razões mais do que substantivas para se considerar um preso político. E isso diz-nos a honestidade intelectual, que temos de assumir para constatar o que com ele se continua a passar...

Sem comentários:

Enviar um comentário