segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O pesadelo pode acabar daqui a três semanas!

Enquanto passos coelho e paulo portas andam a enfrentar a indignação de lesados do BES, de professores e de uma grande maioria da população, que só tem por objetivo principal correr com eles, António Costa vai participando em sucessivos banhos de multidão  um pouco por todo o lado, e mesmo quando a chuva ameaça pôr em causa as ações de campanha. Neste domingo, enquanto a coligação PAF ficava remetida a um pequeno teatro com lotação para poucas centenas de pessoas, o Partido Socialista conseguia atrair muitos milhares, quer em Angeiras, quer em Matosinhos.
António Costa criticou a obsessão do ainda primeiro-ministro quanto ao papel dos governos em casos tão escandalosos como os que envolvem as vítimas da falência do BES e condizem com a sua lógica “teapartiana” de reduzir o Estado à sua quase inexistência: “Não foi uma gaffe o que o primeiro-ministro disse ontem [sábado], foi mesmo a tradução do seu pensamento profundo. O entendimento de que estas coisas dos mercados não têm nada a ver com os governos e que os governos podem lavar as mãos como Pilatos quando os mercados desregulados [...] lesam aqueles que confiam as suas poupanças à especulação e depois se veem traídos
Esse quase assassinato do Estado, que se traduz nas privatizações de tudo quanto nele ainda subsista, ou na degradação intencional dos serviços por ele garantidos na Educação, na Saúde, na Justiça ou na Segurança Social, é criar uma espécie de darwinismo social (coitado do Darwin, que não imaginava como as suas teorias seriam utilizadas perversamente por gente desta estirpe!) em que os ricos vivam protegidos e acautelados nas suas mansões e os cada vez mais numerosos pobres sejam compelidos a aceitar migalhas através da caridadezinha miserabilista e das “subscrições publicas” abaixo-assinadas pelo ainda primeiro ministro.
Sobre este estado das coisas declarou António Costa: “O sonho desta direita é voltar ao antigamente, onde cada um está entregue à sua sorte, condições que estavam marcadas à sua nascença. Aquilo que nós queremos é olhar para o futuro e continuar a desenvolver o nosso Estado social, porque sabemos que o nosso Estado social não é um encargo, é mesmo o melhor investimento para o país se desenvolver”.
É porque queremos um país muito diferente do que passos & portas nos querem impor, que vamos lutar denodadamente nas próximas três semanas. De Norte a Sul, nas ilhas e nas redes sociais temos de porfiar  até ao dia 4 de outubro e conseguirmos, então, a vitória que todos merecemos! Não só os socialistas, que se dotaram de uma equipa renovada para assumir com competência e com confiança a alteração ao rumo do país, mas sobretudo os portugueses, que se viram mergulhados num tenebroso pesadelo durante estes quatro anos.
Foi esse o incentivo que António Costa deu a todos os eleitores nas ações deste fim de semana: estará em todos eles a capacidade para pôr fim a tão grande recuo na qualidade das suas vidas: “Nas próximas três semanas, façamos um grande esforço não só para mobilizar e unir toda a família socialista, mas para mobilizar todos os simpatizantes do PS, mobilizar todos aqueles que, não sendo do PS e nunca tendo sido do PS, [gostem das nossas propostas,] porque o que está aqui em causa não é uma mera alternância de caras no Governo, o que está em causa é enfrentarmos uma direita que, no seu radicalismo ideológico, está disponível para pôr em causa tudo aquilo que julgávamos que já ninguém poria em causa alguma vez em Portugal e que é a natureza pública da escola, o Serviço Nacional de Saúde, o sistema público de pensões e o acesso à justiça sem restrições.” 

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