quarta-feira, 5 de abril de 2017

O escândalo que o PSD anda a querer esconder atrás de uma cortina de fumo

Bem pode o PSD fazer um banzé de todo o tamanho por causa do Novo Banco ou da Comissão do Orçamento, que não consegue escamotear o maior escândalo dos dias mais recentes: o arquivo da investigação do Ministério Público às atividades do BPN, apesar de serem mais do que óbvias as suspeitas que incidiam sobre os seus principais responsáveis, todos provenientes do cavaquismo. 
Uma vez mais os par(a)lamentares do PSD adivinham os danos que a concentração das atenções nos seus seniores significaria e tratam de lançar a mais densa cortina de fumo de que são capazes. Utilizaram assim em seu proveito a inexcedível capacidade de Leitão Amaro em bufar nos corredores de São Bento.
Ironicamente Carlos Matos Gomes caracterizaria assim o sucedido: Um grupo de pobres ex-políticos entra em palco com uma cartola e um balão vazio. Enchem-no até estoirar, deixando pelo chão e sobre os espectadores farrapos e destroços. Cai a cortina dos mistérios e os ex-pobres políticos surgem à boca de cena gordos como nababos, de cartola e smoking, a fumar charutos, rodeados de belas mulheres. 
O público, estupefacto, vê o compère do circo cumprimentá-los e dar-lhes os parabéns pelo êxito do espectáculo!”
Outra forma de ver as coisas é esta: se o Ministério Público tivesse investido neste caso 1/10 do que já gastou com as suspeitas contra José Sócrates teria por certo encontrado matéria mais do que suficiente para incriminar a trupe de Dias Loureiro. Os sinais exteriores de riqueza de tais suspeitos são tão conhecidos, que qualquer procurador inexperiente, mas com vontade suficiente para deslindar a verdade, a ela chegaria facilmente.
 Mas já estamos mais do que elucidados sobre o tipo de prioridades seguido por Joana Marques Vidal e quem dela hierarquicamente depende. Culpados de corrupção e crimes afins só os políticos oriundos dos partidos de esquerda. Quanto aos das direitas, estamos conversados: após ficarem em hibernação no fundo da pilha dos casos a investigar, arquivam-se por “falta de provas” … 

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